Objetivos e metas nos permeiam desde a infância. Basta nos lembrarmos das conversas com nossos amigos na tenra idade: “Quando eu crescer eu quero ser…” ou “Quando eu for adulto eu quero ter um desses!”.
Os sonhos nos acompanham em todas as fases de nossas vidas e em todos os âmbitos: a profissão que sempre sonhamos o emprego ideal; a família dos sonhos.
Por que então esquecemos disso quando falamos de investimentos? Por que a pergunta que mais ouvimos ou falamos é: Qual o melhor investimento? Ou invés de: Qual o melhor investimento para que eu atinja esse objetivo?
Pensar nisso nos leva refletir em como organizar os objetivos para que as escolhas dos investimentos sejam mais coerentes. Então, vamos deixar essa tarefa mais fácil, elencando três passos para organizar seus objetivos e consequentemente seus investimentos!
1º Passo: Colocando os objetivos no papel
A primeira etapa para que nossos objetivos se tornem realidade é colocá-los no papel. Parece lógico, mas muitas pessoas não fazem isso por achar que tem objetivos bem definidos na cabeça e acabam sendo boicotadas por si mesmas.
Assim, o ideal quando falamos de sonhos e metas, é descrevê-los de uma forma detalhada de modo que se apresentem específicos, mensuráveis, atingíveis, relevante e temporais.
Por exemplo: “Vou fazer uma viagem de 10 dias para Santiago do Chile com meu esposo em novembro de 2022. Para isso, preciso de R$ 8.000,00. Então, investirei R$ 565,00 mensalmente. Para atingir essa valor cortarei um jantar em restaurante por mês e não comprarei roupas novas esse ano.
Perceba que, no exemplo, temos todas as variáveis necessárias para que nosso cérebro entenda claramente o que queremos e o que precisamos fazer durante a busca dos nossos objetivos.
Quanto mais claro e detalhado, maior será a chance de sucesso.
2º Passo: Separar nossos objetivos em curto, médio e longo prazo
Depois de detalhar todos os objetivos, a próxima etapa é dividi-los em grupo por prazos, sendo eles: curto prazo em até um ano, médio prazo de um a cinco anos e longo prazo acima de cinco anos.
Essa divisão irá nos ajudar a determinar se os investimentos escolhidos atendem nossos prazos e consequentemente trazem a liquidez que necessitamos.
Mas vamos explicar melhor o que isso quer dizer. Nos investimentos de curto prazo, como por exemplo, investimentos para a reserva de emergência, a liquidez precisa ser diária, ou seja, como posso precisar do dinheiro a qualquer momento, não posso deixar meu dinheiro em um produto que tem data de vencimento, pois isso pode acarretar prejuízo para o meu bolso.
Outro exemplo seria a compra de um vestido para um casamento que acontecerá daqui a seis meses. Da mesma forma que no exemplo anterior, temos que buscar um produto que nos atenda na data indicada e sem correr riscos de mercado.
Para médio e longo prazos a lógica é a mesma. Precisamos prestar atenção aos prazos para termos a liquidez no momento planejado, mas aqui já podemos permitir um investimento um pouco mais arriscado devido ao horizonte de tempo.
Perceba que até então não nos preocupamos com rentabilidade em nenhum momento! Somente depois de definir seus objetivos e entender os prazos, é que você vai pensar em rentabilidade.
Quando o prazo estiver definido, você conseguirá comparar apenas investimentos que tenham o mesmo prazo de resgate, e que deixará sua escolha mais fácil.
3º Passo: Elencar os investimentos que atendem cada objetivo
Agora que já temos objetivos e prazos, vamos olhar para os investimentos que atendem nossas expectativas.
Os investimentos de curto prazo precisam de maior liquidez e menor risco, pois como o prazo para resgate é mais curto, não podemos correr o risco de nossos investimentos terem desvalorizado quando precisarmos dele.
Nesse caso, devemos procurar CDBs com liquidez diária ou Tesouro Selic para a reserva de emergência.
Para projetos de 1 a 3 anos, podemos olhar CDBs, LCIs, LCAs, CRIs, CRAs e debêntures.
Para os objetivos de médio prazo, já podemos analisar CDBs, tesouro pré-fixado, LCIs, LCAs, CRIs, CRAs e debêntures, por exemplo. Nesses investimentos, já teremos uma rentabilidade um pouco maior o que compensará o risco que também será mais alto. Mas atenção sempre aos vencimentos! Se precisar do dinheiro antes, você poderá perder dinheiro por causa da marcação a mercado (oscilação dos preços dos títulos), ou seja, caso você precise do dinheiro antes do prazo acordado, receberá o valor de mercado da época em que fizer a retirada.
Agora vamos pensar um pouco sobre os objetivos de longo prazo. Aqui já é possível conseguir retornos mais altos, uma vez que o prazo é mais longo e o risco que corremos também aumentará.
Para esses casos pensemos em renda variável (Ações, ETFs, fundos imobiliários) e títulos atrelados a inflação como o Tesouro IPCA+ ou CDBs.
É importante lembrar aqui que, mesmo no longo prazo, se seu objetivo tem uma data definida, fique atento aos prazos dos produtos para não ter problemas de liquidez.
E por último um ponto importante! Faça seus investimentos de acordo com seu perfil de investidor e estude sobre os investimentos desejados. O melhor é sempre estar tranquilo com os produtos escolhidos e ter todos os seus objetivos e sonhos realizados.
Conclusão
A escolha do melhor investimento deve estar sempre sincronizada como o objetivo atrelado a ele. Então, é importante entendermos que não existe melhor investimento, e sim, o investimento mais adequado para cada objetivo traçado.
Seguindo os passos listados, a escolha dos produtos ficará mais fácil e trará, principalmente, mais tranquilidade para o investidor, uma vez que terá o montante desejado na data programada e ciente dos riscos presentes em cada escolha. Se você já tem seus objetivos no papel ou se esse artigo te ajudou a pensar a respeito, comente no post do Instagram da Vivi Ferreira: “Você já pensou em colocar seus objetivos no papel”.
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