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O que não fazer com seu dinheiro ao constituir uma reserva de emergência

O que não fazer com seu dinheiro ao constituir uma reserva de emergência

Em um mundo onde somos bombardeados de informações, é importante ponderar e analisar o que fazer e como fazer com seu patrimônio.

Reserva de Emergência é a mesma coisa que Poupança?

Reserva de emergência ou reserva financeira é um dos temas mais difundidos no meio das finanças, e isto tem um motivo bem claro, a sua extrema importância. Caso ainda não saiba, a reserva de emergência nada mais é do que aquele montante em dinheiro que precisamos ter em momentos emergenciais, como um acidente, problemas de saúde, a perda de um emprego ou até mesmo um falecimento inesperado de um ente querido.

Esse recurso guardado é o que garante que teremos segurança e tranquilidade para quitar eventuais débitos, sem grandes perdas de padrão de vida em momentos de maior dificuldade.

Muitas pessoas associam estas características a nossa querida (nem tanto assim) poupança. Isso ocorre porque esse tipo de estratégia financeira não é novidade para os brasileiros, e é feita há décadas através da poupança. Mas o que tem de errado nisso? Explico: Hoje a nossa taxa de juros do Brasil se encontra em 7,75%, ou seja, a poupança paga 70% desse valor (5,42%) ao ano, enquanto a nossa inflação por ano está a mais de 10%.

Isso na prática significa dizer que quem coloca seu dinheiro na poupança está perdendo dinheiro, pois o rendimento real está abaixo da inflação, ou seja, você que deixa seu dinheiro na poupança está perdendo poder de compra. Então respondendo à pergunta introduzida em nosso tópico: NÃO, a reserva de emergência não é a mesma coisa que a poupança e está longe de ser. Hoje vamos lhe apresentar um produto muito usado no mercado para substituir a poupancinha e tão seguro quanto.

Como construir a reserva?

Não existe um número mágico para a totalidade da reserva de emergência, isso pode variar de acordo com o custo, estilo de vida e estabilidade financeira da família; e isso pode variar bastante. 

Funcionários públicos contam com estabilidade maior em seus empregos, portanto podem se dar ao luxo de ter uma reserva de emergência menor, na casa de 3 a 4 meses da totalidade de seus rendimentos mensais; já trabalhadores autônomos e profissionais liberais podem precisar de uma reserva maior, de 9 a 12 meses, uma vez que não contam com benefícios de empregados no regime CLT, como o FGTS, férias remuneradas ou o aviso prévio.

Como é possível perceber, um dos principais requisitos para a sua reserva de emergência é a liquidez, baixa volatilidade, baixíssimo risco de crédito e segurança, pois o dinheiro investido precisa ser acessado rapidamente na hora de uma urgência, ou seja, resgate no mesmo dia ou no máximo no próximo dia útil

Por isso, títulos de renda fixa em que o investidor deixa seu dinheiro travado por um período mais longo ou fundos de investimento com menos liquidez acabam não sendo escolhas interessantes nesse caso.É importante frisar que é aconselhável que você inicie sua carteira de investimentos após a conclusão total de sua reserva de emergência, e entender que este fundo não é feito para buscar maiores rendimentos, e sim manutenção do patrimônio. Um dos produtos mais utilizados por investidores para esse fim é o Tesouro Selic (LFT), pois ele replica a nossa taxa de juros, então estará sempre acompanhando a inflação, além de ser emitido pelo Tesouro Nacional, fazendo-o ser um investimento extremamente seguro.

Onde NÃO investir sua reserva de emergência

É comum vermos na internet alguns vídeos de pessoas que tentam se passar por influenciadores financeiros, incentivando o uso de alguns dos produtos que serão listados, para compor a reserva de emergência. Hoje nós vamos no caminho contrário. Esses tipos de investimentos financeiros não devem ser de maneira nenhuma usada como aplicação para reserva financeira.

Eles são:

  • CBD: Provavelmente você encontrará CDBs pagando melhores taxas do que outros investimentos próprios para reserva de emergência. O problema desse produto é que geralmente possuem carência para resgate, desta forma impossibilitando o saque imediato se caso houver uma emergência.
  • LCI/LCA: São papéis de renda fixa que trazem uma rentabilidade maior por não cobrarem imposto de renda, porém caem no mesmo problema dos CBDs, possuindo período de alguns meses para você poder fazer o resgate de seu investimento.
  • Fundos Imobiliários: Esses produtos são de renda variável, ou seja, são inconstantes e há possibilidade de não recebimento de aluguéis em caso de uma crise financeira, como foi o caso do fechamento de shoppings na pandemia, além de incerteza de liquidez, ou seja, talvez você tente vender e não consiga de maneira rápida. Esse produto jamais deve ser considerado para reserva de emergência.O que é aconselhável para esse fim são produtos que possuam liquidez imediata e rendimento na casa dos 100% do CDI, ou seja, atrelados à Taxa Selic.

Portanto…

Vale lembrar que não existe um melhor investimento do mercado, e sim a sua estratégia e os melhores produtos aderentes a tal. Ao investir em qualquer produto, é preciso estar claro quando e como esses investimentos estarão disponíveis para o saque. 

Nesses momentos importantes de nossas vidas, um agente de transformação muito importante pode lhe auxiliar, falo do planejador financeiro, um profissional que trabalha com o planejamento financeiro futuro de uma família por um período de uma vida inteira. Essa é uma das profissões mais importantes do mercado financeiro. 

Neste artigo você encontra muito mais informações sobre essa profissão tão importante e em expansão no Brasil. Se este texto lhe provocou alguma reflexão ou dúvida, deixe nos comentários! Até o próximo artigo!

Como o Planejamento Financeiro pode ajudar na crise?

Como o Planejamento Financeiro pode ajudar na crise?

Em um momento de caos econômico, a organização de suas finanças podem ser a melhor solução contra o endividamento. Entenda:

Historicamente, nós brasileiros somos reconhecidos por não termos uma relação tão boa com o dinheiro. Mas o que isso significa? Nossas escolas ensinam matemática, física e química, mas não ensinam algo que usamos todos os dias até o fim de nossas vidas: Como lidar com dinheiro de maneira saudável. 

Muitos podem dizer que o ensino da educação financeira é um papel dos pais e da família, mas todos sabemos que a maioria dos brasileiros tem um relacionamento conturbado com as finanças. Viver através do imediatismo, impulso e status são características comuns em nosso país, e isso infelizmente é passado de geração a geração.

A pandemia trouxe uma nova realidade ao nosso país. Inflação, e a desvalorização da nossa moeda fizeram com que milhões de pessoas perdessem poder de compra e voltassem a linha da pobreza. Neste novo cenário, saber lidar com suas finanças se torna imprescindível para se ter uma vida mais saudável em todas as suas áreas. 

Qual a importância desse tipo de planejamento? 

A ideia do Planejamento Financeiro é o equilíbrio entre a sua renda e seus gastos através de hábitos e técnicas, visando atingir metas de curto, médio e longo prazo, e construção de patrimônio baseado em estratégias financeiras.
Esse tipo de organização permite alguém gastar seu dinheiro de forma consciente, identificar gastos excessivos e entender quais hábitos de consumo são necessários para atingir seus principais objetivos.


Vamos exemplificar:


Fabio tem 27 anos, é médico, solteiro e não tem filhos. Neste caso, a sua capacidade de poupança é bem maior do que de Antônio, 48 anos, caminhoneiro, casado e pai de 3 filhos. O Planejamento Financeiro de Antônio será totalmente diferente de Fabio por viverem realidades financeiras distintas, consequentemente suas estratégias e alocação de recursos serão diferentes.
Fabio tem a opção de ser um investidor mais arrojado por conta da sua capacidade de remuneração e o tempo para recuperar o valor caso haja perda em sua carteira de investimentos.
Já Antônio precisa pensar na educação e saúde de sua família, e com o seu salário menor que de um médico, sua capacidade de poupança também é menor, e suas estratégias serão diferentes e menos arriscadas.
Cada pessoa possui uma realidade e particularidades diferentes, por isso o planejamento financeiro deve ser bem pensado, avaliando todas as variantes.

Vantagens do Planejamento Financeiro:

  • Evita dívidas desnecessárias:

O endividamento é um dos maiores vilões na vida das pessoas. Contas com cartão de crédito, empréstimos e cheque especial levam milhões de pessoas a completa desorganização e falência financeira, comprometendo também a saúde mental e física destes indivíduos. O planejamento financeiro te ajuda a entender seus gastos e usufruir do que realmente importa dentro da sua realidade.

  • Foco no seu objetivo:

Todos nos temos sonhos. É comum que pessoas abdiquem de seus objetivos sem nem perceber, apenas vivendo o momento, se auto sabotando através de compras por impulso. O Planejamento irá auxiliar na percepção da importância de pensar a longo prazo e em objetivos concretos que farão a diferença na vida de quem o utiliza. 

  • Controle de gastos pessoais e familiar:

Ao obter o controle de seus gastos através de anotações de suas despesas, você poderá analisar seus gastos como um todo e definir o que pode ser reduzido dos gastos mensais, visando a poupança de valores mensais e criação de uma reserva de emergência e criação de patrimônio a longo prazo.



Fatores que influenciam o Planejamento Financeiro Pessoal:

  • Idade: Quanto mais jovem, tendência de corres mais riscos
  • Estado civil e filhos
  • Tolerância ao risco do cliente (capacidade e disposição)

– Capacidade: Condiz com a capacidade financeira do cliente, ou seja, seus rendimentos.
– Disposição: Tem a ver com o perfil psicológico do cliente e sua disposição para correr riscos em seus investimentos.


Vale lembrar que é preciso disciplina, organização e foco para realizar seus objetivos, pois o investidor precisará viver com menos do que recebe, visto que mensalmente uma parte de seus rendimentos irá ser destinado a construção de seu patrimônio. 

Quando percebemos a importância e a necessidade de poupança e nos desvinculamos da necessidade de gostos por impulso, podemos perceber que objetivos que achávamos antes inalcançáveis são totalmente possíveis de se realizarem. Muitas vezes subestimamos nossa própria capacidade de mudar, mas quando isso acontece de fato, podemos alterar completamente o curso de nossas vidas. Você tem alguma dúvida sobre o tema? Deixe seu comentário!

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